20/04/2014

Cristo nossa Páscoa!

   A palavra portuguesa “páscoa” é usada para designar a festa dos judeus que, no hebraico, recebe o nome de pesach (passar por sobre). Esse nome surgiu em face da narrativa bíblica em que o anjo da morte, ou o anjo destruidor, “passou por sobre” as casas assinaladas com o sangue do cordeiro pascal, atacacando ferozmente as casas dos egipcios e matando a todos os primogênitos de entre eles (Ex 12.21ss). Essa mortandade convenceu faraó de permitir que Israel deixasse o Egito, após 400 anos de servidão naquele país. Por tudo isso, é correto afirmar que a palavra páscoa – desde tempos mais remotos – tem o sentido de libertação e expiação. O sangue do cordeiro teria um papel expiatório, e o êxodo seria a concretização dessa libertação.

   A festa da páscoa é o mais importante dos memoriais do Antigo Testamento, sendo o início de uma série de acontecimentos sem precedentes, que culminaram na entrada do povo na Terra Prometida. No entanto, passados mais de 1500 anos daquela primeira celebração, um outro evento importante teve seu lugar na história. Deus visitou os homens, vestido de carne e tal como o cordeiro na noite de Páscoa, verteu seu sangue para que nós pudéssemos ser livres do Destruidor. A morte de Cristo, o verdadeiro Cordeiro de Deus, veio a significar uma expiação perfeita e uma libertação muito mais ampla, razão pela qual o apóstolo Paulo refere-se a Cristo como a nossa páscoa (1Co 5.7).

 Temos uma tarefa como cristãos! A disseminação do verdadeiro e glorioso sentido de Páscoa, não a falsa e comercial ideia de vendas de ovos de chocolate, ou qualquer outro artigo que esteja intimamente ligado ao consumismo, a ideia central deve ser a que Cristo Jesus se entregou como Cordeiro Pascal e que temos que celebrar sua entrega e ressurreição, ou se acreditarmos como muitos, que a Páscoa deve ser celebrada com ovos de chocolate e que devemos "venerar" o coelho!